quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tesouros Perdidos do Hard Rock

Led Zeppelin? Deep Purple? Se pensarmos em Hard Rock Setentista essas são as duas bandas que logo vêm a nossa mente. Mas, além delas, o estilo teve outros monstros que, foram esquecidos, não obtiveram sucesso comercial, não tiveram reconhecimento na mídia... enfim, bandas da mais alta qualidade acabaram por ser pouco conhecidas e o excelente nível de seu som acabar por ser perder nesse esquecimento.

Aqui já falei de Uriah Heep e Beck, Bogert & Appice, duas bandas que entrariam facilmente nesse tema, mas agora vamos buscar outras pérolas desta vasta coleção.

Procurando por bandas obscuras do Hardão Setentista me deparei com algumas banda que fizeram jus ao esquecimento, devido a fraca qualidade de suas músicas, mas também encontrei bandas de tão alta qualidade que não consegui entender o porquê de não terem obtido sucesso. Esse é o caso dessas bandas.


Dust – Hard Attack (1972)
A banda Dust lançou somente dois albuns: o homônimo de 1971 e o "Hard Attack" de 1972, a quem vai esse post.
O album traz na capa uma belíssima ilustração de Frank Frazetta, famoso cartunista novaiorquino. Mas, apesar da parte gráfica e impecável produção, o disco não alcaçou boas vendas. E as oportunidades de excursionar eram atrapalhadas por Marc Bell, o baterista, que tinha apenas 16 anos e não poderia largar a escola. Talvez por isso, e pelo desencanto de Richie Wise com sua função de músico, a banda tenha encerrado suas atividades em meados daquele mesmo ano. Após o fim do Dust, os membros ainda obtiveram muito sucesso em suas carreiras musicais.
Fica aqui a oportunidade de conhecer o maravilhoso trabalho desse banda: Hard Attack.



Bufallo – Volcanic Rock (1973)

"Rock Australiano? AC/DC, né?" — Errado! Não só os irmãos Young (apesar de serem escoceses) que fizeram música de qualidade na terra dos cangurus.
Em janeiro de 1973, o Black Sabbath fez uma turnê pela Austrália, e quem abriu o show foi o Bufallo, já que era a banda de peso (no sentido sonoro) do país. Foram tão bem, ou por nacionalismo, receberam diversos elogios da crítica, e duas semanas mais tarde abririam para Slade e Status Quo.
Visto que o lance era tocar "alto e pesado", é editado em 1973 o pesadíssimo (para a época) "Volcanic Rock", a obra-prima da banda, que levou ao extremo a proposta de fazer "Heavy-Rock".
Mais uma oportunidade de conhecer uma bandaça do Hardão Setentista: Volcanic Rock.



Bang – Bang (1971)
O Black Sabbath americano. Assim fui apresentado ao Bang, o que logo gerou minha curiosidade, afinal não é qualquer banda que tem a honra de ser comparada ao monstro sagrado que é o Sabbath.
Muitas vezes, a curiosidade pode levar algo ruim. Não foi esse o caso. Após pesquisar sobre a banda e ouvir o album homônimo, vi que valeu muito a pena levar fé na comparação (mesmo não sendo tão similar sonoramente).
A banda foi formada em 1969, mas nada aconteceria até 1971, quano abriram shows do Rod Stewart, James Gang, Deep Purple, Uriah Heep, e um pouco mais tarde, Black Sabbath (parece que todo mundo abriu para eles naqueles tempos) e muitos outros. Até gravarem essa maravilha.
Mais uma oportunidade de ter qualidade garantida: Bang.



Queen – Queen (1974)
"Queen? Ah, Lucas, eu conheço o Queen. Todo mundo conhece o Queen!" – Verdade que não é bem verdade. A maioria que conhece o Queen, conhece por "We Will Rock You", "We Are the Champions", "Another One Bites the Dust", e outros grandes hits. Eis aqui algo "novo". Tá, ok. Estou fugindo um pouco do tema. Afinal, Queen é uma banda conhecida e o album "Queen II" está longe de ser o Hardão dos outros albuns, no tocar "alto e pesado". Mas tá valendo! Pois, digamos, é um "Queen diferente", nenhum música desse album virou um mega hit, mas qualidade não faltou, tanto que, pra mim, "Seven Seas of Rhye" é uma das melhores músicas da banda. Quanta as músicas, nem é preciso falar muito, todos conhecem o talento puro do grupo.
Última oportunidade do dia para ter orgarmos musicais: Queen II.


Bom, ainda há um vasto número de bandas que entram nesse tema, o que pode gerar (é quase certeza, se houver tempo) um "Tesouros Perdidos do Hard Rock – Parte II" e até Parte III. Banda boa é o que não falta!