terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Black Sabbath: Seus Grandes Vocalistas

A fase mais conhecida do Black Sabbath é sem dúvida a que contava com a formação original da banda: Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward. Mas além dessa, como todos devem saber, algumas outras formações entraram para história. E essas outras formações contaram com Vinny Appice aqui, Cozy Powell ali, mas o fato é que elas ficaram conhecidas por seus vocalistas.

Ozzy Osbourne
O Ozzy nunca demonstrou técnica e forçava demais as cordas vocais, mas mesmo assim, a fase com Madman (1969-1979) é, na minha opinião, a melhor fase da banda. Mesmo com essas ressalvas, Ozzy foi um grande vocalista, e outros três gênios estavam lá para levar o Sabbath às alturas. Com os riffs de Tony Iommi e umas das melhores "cozinhas" da história do Rock, surgia ali o que hoje conhecemos como Heavy Metal. O álbum homônimo da banda foi lançado em fevereiro de 1970, e ali já era possível notar um som mais pesado e distorcido em relação às outras bandas da época. No mesmo ano, no mês de setembro, a banda deixava seu nome definitivamente marcado na história do Rock. Isso graças ao álbum Paranoid, que trazia três obras-primas: a faixa-título, Iron Man e War Pigs. Melhor do que ler sobre ele, é ouvi-lo do primeiro ao último minuto.
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Ronnie James Dio
A saída de Ozzy preocupou muito a banda, pois achavam ser muito difícil encontrar um substituto à altura. E essa missão foi dada a Ronnie James Dio, ex-vocalista do Elf e Rainbow. No Black Sabbath, a fase Dio (1980-1982) foi como um nascimento para banda. Geezer Butler era quem mais contribuia nas letras, porém com a entrada de Dio isso mudou. As letras começaram a tomar um rumo diferente, falando de dragões e castelos, mágica e misticismo, algo muito comum em todas as letras de Dio, que levou todos os créditos pelas letras. Mas não só as letras mudaram, as músicas ganharam mais peso e velocidade, o que gerou uma nova legião de fãs, talvez tão jovens que nem lembravam de quando Paranoid era hit. O álbum Heaven and Hell foi sucesso absoluto, que além da faixa-título (que logo virou hino), trazia outras marcantes canções na história da banda, como Neon Knights, Lady Evil e Die Young.
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Ian Gillan
O ano de 1982 foi bastante conturbado na carreira do Black Sabbath. Durante a mixagem do álbum ao vivo Live Evil, muitos problemas surgiram entre Tony Iommi e Ronnie James Dio, e já que Iommi era o "manda-chuva" da banda, foi Dio que levou um belo pé na bunda, levando junto o batera Vinny Appice.
Já Ian Gillan, havia "implodido" sua banda Gillan, que lançou excelentes álbuns, mas que não alcançou boa vendagem, e o vocalista estava salivando por urnês grandiosas, grana, groupies, fama... enfim, tudo que acompanhava grandes nomes do Rock 'n' Roll. E já era comentada a volta do Deep Purple com a formação clássica a Mark II, mas essa reunião ainda ficou mais um tempo na geladeira.
Gillan, Iommi e Geezer se encontraram casualmente em um boteco, e nesse encontro, perceberam que tinham algo especial em comum. Como bebuns natos, depois de muito álcool surge a idéia de Gillan ser o então novo vocalista do Black Sabbath. Para fechar o grupo, Bill Ward volta para batera da banda. Gillan não fazia muito a cara do Sabbath tradicional, mas simplesmente arregaçou com uma atuação impressionante, cantou como nunca tinha cantado antes. A faixa-título do álbum Born Again é uma balada linda, uma obra-prima; mas além dela, outras grandes composições, como Trashed e Zero the Hero.
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Glenn Hughes
Após a saída de Ian Gillan e do baterista Bev Bevan (que havia substituido Bill Ward na turnê do Born Again), Iommi e Geezer ficaram sozinhos sem vocalista ou baterista. Bill Ward volta à banda, e nos vocais, Ron Kell, e Dave Donato passam sem obter sucesso. Depois desses acontecimentos, Geezer fica "de saco cheio" e sai da banda, Ward faz o mesmo. Iommi decide lançar um álbum solo, mas a gravadora insiste que ele lançe o álbum como do Black Sabbath. Para completar a banda, o guitarrista chama Eric Singer e Gordon Copley, respectivamente o baterista e o baixista da banda da sua namorada Lita Ford. Para os vocais, é chamado Glenn Hughes ex-baixista e vocalista do Trapeze e Deep Purple. Em 1986, é lançado o álbum Seventh Star, com uma sonoridade diferente em relação ao Sabbath tradicional, mas, mesmo assim, um ótimo trabalho. Duas belíssimas baladas, No Stranger to Love e In Memory, e outras grandes composições, como In For the Kill e Danger Zone (riff matador, bem característico de Tony Iommi).
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As opiniões se alteram entre os fãs da banda, mas, pra mim, todas essas fases, cada qual com seu vocalista e seus álbuns, são da melhor qualidade. Vale a pena ouvir todos e saber o porquê do Black Sabbath ser um monstro sagrado na história do Rock 'n' Roll.

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