quarta-feira, 7 de abril de 2010

Canhoteiro


Canhoteiro
Ele driblava, driblava, e driblava. Foi o "Garrincha" da esquerda

Canhoteiro só ganhou um título importante pelo São Paulo, o Campeonato Paulista de 1957, mas provavelmente foi o jogador mais amado pela torcida Tricolor. Isso se explica por seu jeito alegre de jogar. Canhoteiro era ótimo nos passes e cruzamentos, vivia deixando companheiros na cara do gol e tinha chutes precisos. Mas sua marca registrada era mesmo o drible - à época, dizia-se que ele era capaz de driblar no espaço de um lenço. Tudo que Garrincha era capaz de fazer pelo lado direito, Canhoteiro fazia pela esquerda. Assim como o "Mané", dizia-se que o são-paulino adorava a bohemia, e isso impediu que ele tivesse mais destaque pela Seleção Brasileira. Seu auge foi em 1957, no Paulistão, ao lado de Zizinho, quando suas grandes atuações o credenciaram para a vaga de titular na ponte-esquerda na Copa de 1958, que não disputou. Seu caso de amor com a torcida Tricolor durou até 1963, quando foi vendido para o futebol mexicano, após não conseguir se recuperar completamente de uma séria contusão.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Friedenreich: maior craque tricolor?


Friedenreich: maior craque tricolor?

Leônidas da Silva, Zizinho, Gérson, Careca, Raí... Foram muitos os craques que já vestiram a camisa tricolor. Mas nenhum deles, talvez, tenha sido tão importante para a história do futebol brasileiro quanto Arthur Friedenreich - isso se consideramos, claro, o período do São Paulo da Floresta, entre 1930 e 1935, em que ele defendeu o clube.
Filho de pai alemão e mãe mulata, Fried - ou "El Tigre", como também era chamado, principalmente por uruguaios e argentinos - foi para muitos o maior craque brasileiro até o surgimento de Pelé. Ou mesmo maior que ele, pois teria marcado 1329 gols contra 1284 do Rei do Futebol. O recorde chegou a ser oficializado pelo Guiness Book, o livro internacional dos recordes, e até pela Fifa, embora não haja nenhuma documentação a respeito. O pesquisador Alexandre da Costa, autor do livro O Tigre do Futebol, sobre a vida do ex-jogador, foi quem mais se aprofundou nas pesquisas, registrando 556 gols.
Cetroavante altamente técnico, habilidoso e oportunista, Friedenreich havia começado a carreira no Germânia, clube da colônia alemã de São Paulo, por influência do pai. Depois, passou por Ypiranga, Mackenzie e Paulistano, do qual era o maior ídolo na aépoca da extinção do clube e criação do São Paulo da Floresta, para onde se transferiu.
Mesmo já veterano (tinha 37 anos na época da mudança), Friedenreich foi campeão paulista pelo São Paulo em 1931, acumulando seu sétimo título estadual, e o primeiro artilheiro do time em 1930 (com 26 gols) e 1931 (com 32 gols).
Fried jamais chegou a defender o atual São Paulo, fundado em 1935, mas jogou até os 43 anos, pelo Flamengo, e participando de exibições esporádicas por times do Brasil afora.

São Paulo - Era da Floresta 1930 a 1935

O outro Tricolor
O São Paulo que conhecemos hoje nasceu em 1935. Antes dele, porém, houve o Paulistano, a A.A. Palmeiras, além do São Paulo da Floresta.

No princípio era o Paulistano, e o própio hino atual São Paulo Futebol Clube confirma essa estreita relação entre os dois clubes quando diz: "Trazes glórias luminosas do Paulistano imortal". E que glórias eram aquelas! Onze vezes campeão paulista, o Paulistano, time de Athur Friedenreich ­­­­­­- o Pelé das primeiras décadas do século 20 -, havia sido um dos pioneiros na introdução do futebol no Brasil e o primeiro clube do país a excusionar pela Europa, em 1925, voltando com um saldo de nove vitórias e apenas uma derrota.
Havia também a Associação Atlética Palmeiras, cujo estádio, a Floresta, passou para o primeiro São Paulo, que não por acaso teve aquele campo incorporado à sua própia denominação. Uma vez mais, o hino tricolor pode ser evocado como testemunha: "...da Floresta também trazes um brilho tradicional".
Se o Corinthians é Corinthians desde sempre e o Palmeiras trata-se de um extensão clara do Palestra Itália (apenas com outro nome), no caso do São Paulo as coisas não são tão simples assim. É claro que, na época da fundação do São Paulo da Floresta, houve uma transferência direta dos torcedores do Paulistano e da A.A. Palmeiras, "orfãos" de seus times assim que os departamentos de futebol de ambos fecharam suas portas. No entanto, o que ocorreu naquele início de 1930 não foi propiamente um fusão, mas, sim, uma iniciativa individual dos 60 sócios do Paulistano. Até porque, ao contrário da Associação Athlética Palmeiras, o Clube Athlético Paulistano continou (e continua) existindo como clube social.
Já a relação entre o atual São Paulo Futebol Clube e o chamado São Paulo da Floresta, criado por aqueles simpatizantes do Paulistano e da A.A. Palmeiras e extinto em 1935, é um pouco mais complicada. Para começo de conversa, os dois clubes tinham o mesmo nome, as mesmas cores, o mesmo uniforme e até o mesmíssimo escudo, o que, em tese, daria ao atual São Paulo Futebol Clube o direito de reivindicar para si o título de campeão paulista de 1931. Nada mais justo diante das evidências. Essa confusão só existe porque um brecha na lei da época permitiu que se criasse essa nova pessoa jurídica como uma espécia de "clone" de seu falecido antecessor, embora tenha ocorrido uma fusão entre aquele e o Clube da Regatas Tietê, que decidiria acabar com o seu departamento de futebol.

domingo, 4 de abril de 2010

Beck, Bogert & Appice

Beck, Bogert & Appice

Beck, Bogert & Appice foi um power trio formado na década de 1970, por Jeff Beck, Tim Bogert e Carmine Appice. Assim como o Uriah Heep, eles formaram uma banda de altíssimo nível , e também não tiveram o reconhecimento que mereciam.
Lançaram apenas dois albuns, um de estúdio (novembro 1973), e um ao vivo, gravado em um show no Japão (janeiro 1974).


Beck, Bogert & Appice












1. Black Cat Moan 3:50

2. Lady 5:33
3. Oh to Love You 4:06
4. Superstition 4:19
5. Sweet Sweet Surrender 4:02
6. Why Should I Care 3:34
7. Lose Myself With You 3:21
8. Livin' Alone 4:12
9. I'm So Proud 4:12

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Beck, Bogert & Appice Live












CD 1

1. Superstition 5:12
2. Lose Myself Without You 10:35
3. Jeff's Boogie 3:25
4. Going Down 3:25
5. Boogie 4:53
6. Morning Dew 13:52

CD 2
1. Sweet Sweet Surrender 4:30
2. Livin' Alone 6:10
3. I'm so Proud 5:42
4. Lady 6:07
5. Black Cat Moan 9:18
6. Why Should I Care 7:18
7. Plynth/Shotgun [Medley] 5:40

Download CD 1
Download CD 2

Zizinho

Zizinho
Para muitos, melhor pré-Pelé

Assim como o grande Leônidas da Silva, Zizinho foi um antigo ídolo do Flamengo que trocou o futebol do Rio de Janeiro pelo São Paulo. Da mesma forma que o "Diamante Negro", chegou ao Tricolor desacreditado. E, igualando o craque da década anterior, o "Mestre Ziza" firmou seu nome como um dos maiores jogadores que já vestiram a camisa tricolor, e pra isso só precisou de pouco mais de um ano, tempo suficiente para mostra seu talento.
Considerado por muitos o melhor jogador brasileiro anterior ao surgimento de Pelé, Zizinho mostrou no São Paulo, mesmo já tendo passado dos 35 anos, todas as qualidades que lhe valeram esse título: passes precisos, técnica refinada, visão de jogo e um olho para o gol. O craque foi o comandante do histórico time de Bella Guttmanm campeão paulista em 1957. Dizem que quem conhece um verdadeiro gênio não esquece a experiência nunca mais. E foi assim a relação da torcida do São Paulo com Zizinho, que deixou para sempre marcada a camisa do Tricolor com seu talento.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Leônidas

Leônidas
O "Diamante Negro" escreveu parte da história tricolor

A chegada de Leônidas da Silva mudou a história do São Paulo. Até o início dos anos 40, o futebol do estado era dominado por Corinthians e Palestra Itália, com o Tricolor brigando com Santos e Portuguesa pelo terceiro lugar. Mas a compra do "Diamante Negro" junto ao Flamengo, que ajudou, e muito, a tornar popular até os dias de hoje; foi a maior transação do futebol sul-americano até então. Ele consolidou o São Paulo como um dos grandes do estado. Com Leônidas, o Tricolor ganhou cinco vezes o campeonato paulista, tornando-se o maior campeão da década de 40, um salto na história do clube.
o "Homem de Borracha" era um atacante completo, um dos maiores da história de todo o futebol. Tinha malícia, driblava bem, seu chute era preciso e até no ar ele era bom, apesar de medir apenas 1,65 metros. Não bastasse isso, foi ele que divulgou e popularizou a bicicleta, jogada que imortalizou em todo o mundo. Apesar desse currículo, sua compra pelo São Paulo foi tratada com desdém pelos outros clubes. Afinal, quando veio do Rio de Janeiro, Leônidas já tinha 29 anos e estava acima do peso, o que lhe valeu a alcunha de "Bonde de 200 Contos". As provocações mexeram com os brios do jogador, que logo voltou à melhor forma e calou os críticos, durante quase um década de glórias jogando pelo time tricolor.

Campeão Paulista em 1943, 45, 46 , 48 e49.

Demons and Wizards - Uriah Heep


Demons and Wizards - Uriah Heep
Me lembro da primeira vez que ouvi Uriah Heep, e pensei: "Como não conheci essa banda antes? Como uma banda tão boa, é assim tão desconhecida?" Vamos lá...
Uriah Heep é uma das bandas mais injustiçadas da história do rock. Uma banda do nível de monstros sagrados como Led Zeppelin e Deep Purple, mas que não teve o mesmo reconhecimento. O "Demons and Wizards" é um album extraordinário, pra mim, o melhor da banda indiscutívelmente. E deve ser sempre lembrado como um dos melhores de todo o Hard Rock 70's. Se você quer conhecer Uriah Heep, esse é o album! E ainda tem os grandes "Salisbury" e "Sweet Freedom", mas isso é conversa para outro dia.

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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Pedro Rocha

Pedro Rocha
Uruguaio de talento puro e capacidade de armar e fazer gols

Chute forte, cabeçadas certeiras e grande visão de jogo. Essas eram as principais características do uruguaio Pedro Rocha, que chegou a ser apontado por Pelé como um dos cinco melhores jogadores que o Rei enfrentou em toda a sua brilhante carreira.
Em 1970, o São Paulo contratou Rocha junto ao Peñarol, poderoso time de Montevidéu de então. O meio-campista já ostentava no currículo nada menos do que três títulos da Copa Libertadores da América. Nada mal, claro.
Apesar disso, "El Verdugo" ( O Carrasco) não foi um sucesso imediato no Tricolor. Como Gérson já ocupava o lado esquerdo, Pedro Rocha teve que se adaptar a uma nova posição. Uma vez que se encontrou em campo vestindo a camisa do São Paulo, virou símbolo de elegância e eficiência que sempre caracterizaram o Tricolor do Morumbi em sua história de glórias.
Com Pedro Rocha, manteve-se a linhagem de ídolos estrangeiros são-paulinos, que antes teve nomes como Sastre e Poy e ainda teria outros grandes expoentes, como Darío Pereyra. Com a camisa 10, ele foi ídolo da torcida tricolor, marcando época no time justamente na retomada do São Paulo no caminho das vitórias, depois da construção do Morumbi.

Campeão Paulista em 1971 e 75.

17 gols Pedor Rocha fez no Brasileirão de 1972. É o único artilheiro estrangeiro do campeonato.

Satanismo e conspirações sobre rock


Satanismo e conspirações sobre rock
Muito mais do que um ritmo que encantou gerações, o rock’n’roll tornouse uma espécie de fonte inesgotável para a criação de lendas. Praticamente todos os grandes nomes do rock, de todas as épocas, já foram protagonistas de uma ou outra história escabrosa. Algumas delas, o leitor já deve ter ouvido falar. Seja em tom de piada ou de assunto sério, esses mitos, que muitas vezes são estimulados pelos próprios artistas, espalham- se em conversas de bar, fã-clubes dos ídolos, e biografias (autorizadas ou não) das bandas.

O curioso é que a análise dessas histórias leva à conclusão que elas possuem uma tendência a se repetir. Isso porque se trata de um fator que tende a voltar à baila de uma maneira ou de outra, muitas vezes pela própria aproximação de estilos, como no caso dos cantores Alice Cooper e Marilyn Mason - guardadas as devidas proporções entre eles, claro.

Se analisarmos bem, muitas dessas lendas partem do princípio de que os fãs acreditam em qualquer coisa, mesmo que remotamente condizente com a maneira como seu ídolo se apresenta. Assim, é fácil inventar explicações bizarras para o comportamento de Ozzy Osbourne, ex-vocalista da banda Black Sabbath, ou de Gene Simmons, vocalista do Kiss. Embora esses dois cantores já tenham mostrado em seus programas de televisão The Osbournes e Gene Simmons: Family Jewels (ambos já transmitidos no Brasil) que estão mais para patriarcas bem comportados do que para os demônios do palco, que mordem cabeças de morcego ou colocam línguas de vaca implantadas na própria boca.

Mas, acreditar nessas histórias é uma vontade incontida dos fãs desses artistas que quebram barreiras e que ninguém diz a eles como devem se comportar. As lendas do rock continuam a proliferar nos dias de hoje, apesar de os astros atuais não darem tanto motivo para criá-las como os dos anos 60, 70 e 80. Porém, engana-se quem pensa que anedotas estranhas que envolvem os astros da música são exclusivas do rock. Se olharmos, por exemplo, para o blues, apontado como a principal influência para a criação do rock, veremos que histórias mais estranhas já foram veiculadas.

A ALMA PELO SUCESSO

A lenda mais famosa do blues envolve o cantor americano Robert Johnson (1911-1938), admirado e cultuado por grandes nomes do rock, como Robert Plant, Jimmy Page, Eric Clapton, Keith Richards, Brian Jones, Rory Gallagher e Jimi Hendrix. Robert Johnson influenciou grupos como Phish, ZZ Top, Lynyrd Skynyrd, Rolling Stones, Allman Brothers Band, Grateful Dead e Red Hot Chili Peppers. Dizem que a morte de Johnson, que ocorreu em circunstâncias misteriosas, em 16 de agosto de 1938, foi um dos primeiros casos de um cantor que teria feito um pacto com o demônio em troca de sucesso. Esse mito de vender a alma para receber em troca o sucesso se repetiu com as principais bandas do rock, de Beatles a Led Zeppelin, de Black Sabbath a Red Hot Chili Peppers, de Echo and the Bunnymen a Soundgarden.

Toda a vida de Johnson está envolta em mistério. Como não existe nada muito bem documentado sobre o cantor, a grande quantidade de lendas que o cercam tornam qualquer pesquisa difícil. Estudiosos sérios sobre sua obra e biógrafos confiáveis não apareceram antes do final da década de 1960, sendo os principais Mack McCormack e Stephen LaVere. A maior parte das informações sobre a vida de Johnson veio de lembranças de familiares e amigos. Até mesmo as imagens mais difundidas do cantor só foram encontradas em 1973, em fotos que estavam em poder da meia-irmã dele, Carrie Th ompson, e só foram divulgadas no final de década de 1980.

O nome completo do artista era Robert Leroy Johnson. Ele nasceu em 8 de maio de 1911, em Hazlehurst, no Mississipi. Johnson era o 11o filho de Julia Major Dodds, que tivera dez outros filhos com seu marido, Charles Dodds. Como Johnson era um filho de relação extraconjugal, não recebeu o nome dos demais. Sua mãe tentou reunir a família, já que se viu obrigada a abandonar o lar de seu marido por causa da infidelidade, mas nunca conseguiu seu intento. O bebê ficou com o pai postiço, que chegou a aceitá-lo para que convivesse com seus demais fi- lhos, mas jamais perdoou completamente a mãe do menino. Foi apenas na adolescência que o garoto soube quem era seu pai verdadeiro, um trabalhador do campo chamado Noah Johnson.

Em 1914, com apenas 3 anos, Robert Johnson se mudou com os Dodds para Memphis, onde começou a tocar violão sob a proteção de um meioirmão mais velho. Anos mais tarde, ele caiu na estrada e se juntou a alguns amigos que já eram do meio musical, que viajavam por todo o território do delta do rio Mississipi.

De acordo com o folclore do blues, Robert, tomando pelo desejo de se tornar um grande músico, seguiu alguns conselhos para que pegasse sua guitarra (ou violão) e que a levasse para uma encruzilhada próxima a uma plantação por volta da meia-noite. Lá ele se encontrou com um enorme negro (que seria o demônio), que tomou o instrumento de Robert, afinou-o para que pudesse tocar o que quisesse, e a devolveu ao cantor. O preço: a alma do músico. Em menos de um ano ele teria a fama que tanto almejava.

Até hoje, ninguém sabe se essa história foi inspirada em algum fato verídico. O fato é que Johnson, um músico de talento, tornou-se da noite para o dia o rei dos cantores do delta, capaz de tocar, cantar e criar algumas das maiores canções que o blues já conheceu.

Johnson gravou alguns títulos como Me and the Devil (Eu e o Demônio), em que diz: “No começo desta manhã, você bateu na minha porta/ E eu disse ‘Olá, Satanás, acho que é hora de ir’/ Você pode enterrar meu corpo ao longo da rodovia/ Para que meu velho espírito maligno possa entrar num ônibus e passear”.

CONSPIRAÇÃO DOS JOTAS

m prato cheio para teorias da conspiração: Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison morreram quase na mesma época, todos em circunstâncias misteriosas e aos 27 anos de idade

Mortes misteriosas costumam ser ponto de partida para as lendas que envolvem os astros do rock. A partir de uma morte que tenha acontecido em circunstâncias obscuras, os fãs aproveitam para imaginar que o ídolo possa ter sido calado de propósito por motivos políticos ou coisa parecida.

Certamente, a mais fantasiosa dessas histórias é a chamada “conspiração dos J’s”. Isso tudo começou, infelizmente, com uma fatalidade que levou três dos maiores nomes do rock dos anos 1960: Jimi Hendrix, em setembro de 1970, Janis Joplin, em outubro do mesmo ano, e Jim Morrison, em julho de 1971. De alguma maneira, todos eles estavam ligados ao blues, que dizem ser a música do diabo.

Além do blues, Jimi, Janis e Jim se envolveram com barbitúricos e outros tipos de drogas que eram muito comuns na década de 1960. Mas o fato de que os cantores tiveram carreiras meteóricas e mortes súbitas lançou as mentes dos fãs às alturas. Diz a lenda que nenhum dos três artistas teria escapado da morte porque eles teriam sido assassinados por agentes secretos ligados ao FBI, que estariam interessados em calar as vozes mais destacadas da juventude da época. O movimento “paz e amor” que esses músicos defendiam era radicalmente contra conflitos como a Guerra do Vietnã. Dessa maneira, segundo os boatos, “as forças ocultas” estariam tentando controlar as opiniões dos jovens e forçando-os a pensarem como o governo norte-americano queria. O fato de que a morte dos três até hoje não foram bem explicadas (embora todas envolveram o abuso de drogas), e aconteceram em um período curto de tempo, reforça a tese de que os “J’s” foram vítimas de alguma conspiração. Um outro detalhe: todos eles possuíam 27 anos quando morreram.

Mais um “J” faz parte do grupo de roqueiros que tiveram fins trágicos aos 27 anos de idade: Brian Jones, o guitarrista dos Rolling Stones. Jones foi encontrado afogado em uma piscina, em 3 de julho de 1969. Outros “J’s” da lista são John Bonham, baterista do Led Zeppelin, que morreu por intoxicação alcoólica, em setembro de 1980, e John Lennon, dos Beatles, que foi assassinado em dezembro de 1980. Mas nenhum dos dois tinha 27 anos ao morrer.

A SINA DOS 27 ANOS

Johnson morreu aos 27 anos, um número cabalístico para os artistas do rock, já que foi com essa mesma idade que se foram outros ídolos da música: Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones (guitarrista dos Rolling Stones), Alan Wilson (vocalista do Canned Heat), Brian Cole (baixista do Associations), Ron Pigpen McKernan (vocalista do Grateful Dead), Gary Th ain (baixista do Uriah Heep), Kurt Cobain (vocalista do Nirvana), entre outros



A morte de Johnson, em 16 de agosto de 1938, aconteceu em uma encruzilhada (meio irônico, não?) próxima à cidade de Greenwood, no Mississippi. Dizem que, algumas semanas antes de morrer, ele começou a paquerar uma mulher de um clube onde tocava. Só que ela era casada e, por influência do marido ciumento, teria oferecido uma garrafa de uísque envenenado ao músico. De acordo com testemunhas, ele morreu dias depois, em estado convulsivo por causa da bebida. Relatos exagerados falam que, antes de morrer, Johnson teria começado a uivar como um cão, pois havia chegado a hora de pagar pelo pacto com o diabo.

A morte de Johnson também é contestada, como acontece com outros ídolos do rock. Assim como falam de Elvis Presley e Jim Morrison (vocalista do The Doors), há quem diga que Robert Johnson não morreu. Em contrapartida, tem gente que “quer matar” aqueles que estão vivos. A morte do cantor Lou Reed já foi anunciada pela internet, com direito até a papel de carta timbrado. Mais mirabolante ainda é o boato a respeito da morte de Paul McCartney, baixista dos Beatles. Dizem que o verdadeiro Paul morreu em 1966, em um acidente de carro, e foi substituído por um sósia.

O LADO ESCURO DE OZ

Um dos mitos mais famosos que envolve um álbum de rock fala a respeito de um suposto fenômeno de sincronia entre The Dark Side of Th e Moon (1973), trabalho da banda psicodélica inglesa Pink Floyd, e o filme O Mágico de Oz, de 1939. O disco levou a popularidade da banda para as alturas: a faixa Money invadiu as rádios norte-americanas ficou entre o Top 20; nas paradas britânicas, ficou entre as mais tocadas por 301 semanas. Dark Side possui efeitos sonoros incidentais e apresenta uma idéia completamente nova: coloca partes de entrevistas ao longo das músicas, a maioria gravada em estúdio. As letras desse álbum falam sobre as diferentes pressões no dia-a-dia do ser humano. O disco foi gravado no estúdio Abbey Road, em Londres, o mesmo em que os Beatles fizeram vários de seus álbuns. Segundo alguns conspirólogos (nome que se dá àqueles que estudam conspirações e que, muitas vezes, são os principais responsáveis por espalhar os boatos), só por ter sido gravada no mesmo estúdio dos Beatles, a obra mais famosa do Pink Floyd já seria uma espécie de “influência psíquica indireta” sobre os ouvintes.

Quando a história da sincronia de Dark Side com o filme O Mágico de Oz foi divulgada, na década de 1990, muitos fãs se mostraram um pouco céticos sobre o assunto. Tal fato foi negado diversas vezes tanto por Roger Waters, compositor e vocalista da banda, quanto por David Gilmour, também vocalista e guitarrista do Pink Floyd. No entanto, os conspirólogos continuam insistindo no assunto.

DESENHO PSICODÉLICO

Com uma cópia do disco The Dark Side of the Moon e um exemplar do DVD do filme O Mágico de Oz é possível conferir a simultaneidade entre as obras na sua casa

A sincronia do álbum The Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, com o filme O Mágico de Oz pode ser facilmente reproduzida em casa. Basta uma cópia do filme em DVD e o CD da banda inglesa psicodélica (as fitas VHS e os discos em vinil são mais difíceis de serem sincronizados).

Primeiro, coloque o CD para tocar e aperte o Pause. Em seguida, ponha o DVD no aparelho e aguarde ser carregado. Pressione a tecla Play de seu controle remoto para dar inicio ao filme. Quando as imagens começarem a aparecer na televisão, aguarde o leão símbolo do estúdio Metro- Goldwyn-Mayer rugir. Detalhe importante: a simultaneidade das obras só pode ser conferida com a versão original do Mágico de Oz, em que o começo do filme é em preto e branco. Se a versão for colorida, o resultado pode ter ligeiras diferenças.

Depois do terceiro rugido do leão, aperte o Play de seu CD e imediatamente acione a tecla mudo da sua TV. Há quem diga que uma sincronia maior entre as obras é obtida quando o CD é acionado após o primeiro rugido do leão. Depois, basta acompanhar o desenrolar do filme e prestar atenção na música. Importante: não se esqueça de programar o CD para tocar de novo quando acabar sua primeira execução.

Se você consegue entender bem a língua inglesa e as letras das músicas, a possibilidade de apreciar o efeito é maior, pois muito do que é cantado aparece na tela. Por exemplo:

• A tia de Dorothy parece dizer leave (parta, em português) ao mesmo tempo em que é dito o verso leave, but don’t leave me (parta, mas não me abandone) na música Breathe
• Look around (olhe ao redor), e Dorothy olha ao redor
• Dig that hole (cave aquele buraco) e o fazendeiro do filme aponta para o chão
• Moved from side to side (moveram- se de um lado para o outro), e os Munchkins correm de um lado para outro quando surge a Bruxa Má do Oeste.
• Black and blue (preto e azul), quando é dito black, a bruxa é vista, quando é dito blue, aparece o rosto azul dela
• Os sons de relógios na introdução da música Time começam a tocar assim que a personagem Elvira Gulch aparece na bicicleta, e cessam assim que ela pára de pedalar
• A canção The Great Gig in the Sky se inicia assim que o tornado se aproxima no filme, e suas mudanças de ritmo combinam com o clima
• A música Money começa quando Dorothy abre a porta para o mundo de Oz e o filme deixa de ser preto-e-branco e torna-se colorido
• As bailarinas do desenho dançam ao ritmo de Us and Them

Ninguém sabe ao certo como surgiu a idéia de simultaneidade entre o trabalho da banda inglesa e o filme baseado no livro do escritor norte-americano Lyman Frank Baum. Sabe-se apenas que em 1994 os fãs da banda já discutiam o assunto abertamente no grupo de discussão do site Usenet (alt.music.pinkfloyd). Desde então, o assunto foi estudado exaustivamente por músicos, pesquisadores da história do rock e até por profissionais de vídeo. Passou a ser uma referência de cultura popular já no ano seguinte, quando, em agosto de 1995, um jornal de Fort Wayne, no Estado norte-americano de Indiana, publicou o primeiro artigo na grande mídia sobre a sincronia.

Não demorou muito para que os fãs começassem a criar sites na internet, onde pudessem descrever suas experiências enquanto viam as coincidências entre as duas obras. A legião de interessados cresceu quase exponencialmente em 1997, quando um locutor de uma rádio de Boston discutiu o fenômeno no ar. Isso levou a mais uma chuva de artigos de revistas especializadas em rock e um segmento inteiro dedicado ao assunto no informativo da emissora de televisão MTV norte-americana.

Interessado em atrair a atenção para o fenômeno, o canal por assinatura norte-americano Turner Classic Movies (TCM) exibiu O Mágico de Oz junto com Dark Side, como trilha sonora opcional. Os fãs que se interessam pelo sincronismo falam que já juntaram mais de 100 momentos de conexão entre o filme e o disco. É claro que o álbum em si é de menor duração que o filme, por isso o correto é fazer com que o disco recomece depois que termine sua primeira execução. E os fãs afirmam que o fenômeno chega a se repetir.

Dizem que os exemplos de sincronismo podem ser percebidos nas seguintes passagens: o verso balanced on the biggest wave (balançado na maior das ondas), da música Breathe, é cantando enquanto a personagem Dorothy se balança em cima de um muro; quando Roger Waters canta “who knows which is which” (quem sabe quem é quem), na balada Us and Them, as bruxas boa e má do Mágico de OZ se confrontam no filme; e o verso the lunatic is on the grass (o lunático está na grama), da faixa Brain Damage, é cantado enquanto o Espantalho, cujo corpo é preenchido com grama seca, age freneticamente como um louco.

MITOS CLÁSSICOS

São muitas as lendas excêntricas sobre os músicos e as bandas, mas algumas delas já foram tão difundidas que viraram histórias tradicionais do rock

- As maquiagens do Kiss foram criadas para esconder as feições do guitarrista Ace Frehley que, na verdade, é Jim Morrison

A insistência da banda em usar máscaras surgiu na década de 1970 e terminou em 1983, com o lançamento do álbum Lick It Up. O mistério sobre as circunstâncias que levaram à morte de Jim Morrison, o célebre vocalista do The Doors, em 1971, fez com que os conspirólogos afirmassem que o líder do Doors poderia estar por trás de um dos rostos da banda. Para reforças ainda mais a lenda, Frehley sempre teve fama de beberrão, como Morrison, e nunca se arriscou a cantar, pelo menos não nos primeiros discos. E como o guitarrista mascarado quase não falava nada, começaram a dizer que ele era o cantor-poeta, que não abria a boca para não ser reconhecido. O fato de Frehley não se parecer fisicamente com Morrison nem foi levado em consideração, muito menos o fato de que Jim não tocava guitarra, enquanto que o membro do Kiss é considerado um dos melhores guitarristas dos anos 1970

- Ozzy Osbourne mordeu a cabeça de um morcego durante uma aparição promocional, seguindo ordens de sua empresária e futura esposa, Sharon

Em 20 de janeiro de 1982, durante um concerto em Iowa, nos Estados Unidos, Ozzy de fato mordeu um morcego. Durante a apresentação, ele atirou carne crua para a platéia, que por sua vez atirou várias coisas no palco, inclusive o tal morcego. Não se sabe se o animal estava vivo ou morto, mas para ser atirado, é de se supor que estivesse morto.

Ozzy afirma até hoje que fez isso porque acreditava ser um brinquedo. Por causa da brincadeira, ele acabou tendo que tomar vacinas antirrábicas, e jurou em seu programa na MTV que jamais quer ver um morcego de novo na vida. Quanto à Sharon, dizem que ela sempre controlou a carreira do marido, a ponto de estabelecer limites em suas bebedeiras e controlar seus acessos de ansiedade. Mas, com certeza, ela não foi responsável pela mordida de Ozzy.

-Stairway to Heaven, música da banda britânica Led Zeppelin, é de cunho satânico e possui uma mensagem subliminar que comprova esse fato

Mensagens ocultas são encontradas em quase todos os clássicos do rock. No caso de Stairway to Heaven, a canção já foi usada por grupos religiosos como exemplo da prática do backmasking, a ocultação de uma mensagem, colocada de trás para frente em uma gravação, para que o inconsciente do ouvinte memorize. O verso “cause you know sometimes words have two meanings” (porque você sabe que às vezes as palavras têm dois significados) seria a prova dessa teoria. Ainda por cima, dizem que a frase significa algo como “here´s to my sweet satan” (aqui para o meu doce satã), ou ainda “I will sing because I live with Satan” (eu vou cantar porque vivo com satã). No começo dos anos 90, o vocalista da banda, Robert Plant, desmentiu esse boato em uma entrevista à revista Rolling Stone e indagou: “Quem iria perder tempo com algo tão inútil?”

COINCIDÊNCIA OU INSPIRAÇÃO

Há quem jure que há uma sincronia perfeita entre os temas de certos discos e filmes
Paul’s Boutique (1989), dos Beastie Boys / Curtindo a Vida Adoidado (1982)
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967), dos Beatles / Fantasia (1940), da Disney
Post (1995), de Björk / Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança (1977)
About Face (1984), de David Gilmour / Blade Runner, o Caçador de Andróides (1982)
Waiting For The Sun (1968), do The Doors / Evil Dead II - Uma Noite Alucinante (1987)
Fire on High (1975), da Eletric Light Orchestra / 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)
The Lamb Lies Down on Broadway (1974), do Genesis / Tron, Uma Odisséia Eletrônica (1982)
Three Friends (1972), do Gentle Giant / As Bicicletas de Belleville (2003)
Ritual de lo Habitual (1989), do Jane´s Addiction / Trainspotting (1996)
Electric Ladyland (1968), do Jimi Hendrix / O Massacre da Serra Elétrica (1974)
The Black Album (1991), do Metallica / Star Wars – Episódio V: O Império Contra-Ataca (1980)
Dummy (1994), do Portshead / Psicose (1960)
A Night At The Opera (1975), do Queen / abaret (1972)
Rage Against The Machine (1992), do Rage Against The Machine / Faça a Coisa Certa (1989)
2112 (1976), do Rush / Contato (1997)

ELVIS PRESLEY

Na noite de 15 de Agosto Elvis vai ao dentista por volta das 11 da noite, algo muito comum para ele. De madrugada ele volta a Graceland, joga um pouco de tênis e toca algumas canções ao piano, indo dormir por volta das 4 ou 5 da madrugada do dia 16. Por volta das 10 horas Elvis teria levantado para ler no banheiro, o que aconteceu desse ponto até por volta das duas horas da tarde é um mistério, o desenlace ocorreu, possivelmente, no final da manhã, no banheiro de sua suite, na mansão Graceland, na cidade de Memphis, no Tennessee. Os fatores predisponentes sistêmicos, os hábitos cotidianos e as circunstâncias que culminaram com a morte de Elvis Presley, são dos pontos mais polêmicos e controvertidos entre seus biografos e fãs. Elvis só foi encontrado morto no horário das duas horas da tarde por sua namorada na época, Ginger Alden. Logo após, o seu corpo é levado ao hospital "Memorial Batista" e sua morte confirmada.
A morte de Elvis Aaron Presley no dia de 16 de agosto de 1977, causada por colapso fulminante associado à disfunção cardíaca, surpreendeu o mundo, provocando comoção como poucas vezes fora vista em nossa cultura; inclusive no Brasil.
A tese do "Elvis não morreu" tem defensores fanáticos, ajudados por uma porção de circunstâncias estranhas ou, pelo menos, controvertidas que cercam a morte e os últimos dias do cantor. Vários sites da Internet reuniram as "provas" ou, digamos, as "alegações". As teorias demonstram várias "falhas" na suposta morte de Elvis, veja os principais argumentos que sustentam a tese da "Teoria da conspiração sobre a morte de Elvis

O túmulo: nele, está escrito errado o nome do meio de Elvis, Aron, e não Aaron como aparece na lápide. Seu pai não deixaria cometerem esse erro. Além disso, o corpo de Elvis jaz entre os de seu pai e de sua avó. Uma coisa inimaginável tê-lo deixado longe da sua querida mamãe. Era sua vontade clara ser enterrado perto de Gladys.

- A certidão de óbito: muito vaidoso, Elvis tinha vergonha de ter engordado muito. Pesava mais de 100 quilos ao "morrer". Mas a certidão de óbito registra pouco mais de 70. A certidão original sumiu e a existente foi expedida dois meses depois.

- O cadáver de cera: o caixão de Elvis exigiu vários carregadores, pois pesava mais de 300 quilos. Testemunhas do funeral afirmaram que o ar perto do caixão estava muito frio. Suspeitou-se que o caixão tivesse um aparelho de ar condicionado para conservar um cadáver de cera, réplica do Rei, destinado a enganar os presentes. E como a família Presley conseguiu um elaborado caixão feito sob medida, de mais de 300 quilos, para um enterro no dia seguinte ao da morte?

- O enterro: por que o enterro foi tão rápido? dizem que a razão foi evitar que os maiores fãs de Elvis chegassem a tempo e reconhecessem defeitos no cadáver de cera. Elvis era um faixa preta de oitavo grau, cujas mãos eram cheias de calos, enquanto o corpo do caixão tinha mãos lisas e gorduchas. O nariz e as sobrancelhas arqueadas também causaram estranheza. Foi comentado na época que uma costeleta do "cadáver" estava solta e um cabeleireiro teve de grudá-la

- Comportamento estranho: duas horas depois da morte de Elvis ser anunciada publicamente, um homem muitíssimo parecido com ele comprou uma passagem para Buenos Aires, pagou em dinheiro e usou o nome John Burrows, o mesmo que Elvis empregara várias vezes como disfarce. Elvis tinha alguns livros que considerava seus tesouros. Tinha uma Bíblia, vários livros de farmácia, sobre a morte e, sobretudo, o Livro dos Números de Chiro e a Autobiografia do Iogue, que desapareceram para sempre depois da morte de Elvis. Nas semanas antes de sua morte, as ações de Elvis não foram as de um homem que tinha de cumprir uma enorme turnê pelos EUA; encomendou novas roupas e despediu-se do público com um "adiós", no seu último show em Indianapolis ao contrário do habitual "Espero vocês no meu próximo show". A RCA mostrou um certeiro (e incrível) faro ao produzir milhões dos discos atuais e anteriores do cantor. Era uma prática comum antes de uma turnê, mas os números dessa vez foram muito maiores.

- Outras coisas estranhas: o Rei despediu vários empregados em quem confiava há muito tempo. Dois dias antes da "morte", Elvis ligou para uma amiga chamada miss Foster. Disse-lhe que estava pensando em não realizar a turnê prevista. Ela lhe perguntou se havia cancelado e ele respondeu que não. Quando ela perguntou se estava doente, Elvis disse que estava bem e que ela não deveria mais perguntar nada, que não deveria acreditar em nada do que lesse. Num livro chamado Elvis Where Are You? é citado o caso e que miss Foster teria confirmado tudo, num teste de detetor de mentiras. Ainda, no dia seguinte ao da morte, uma ex-amante de Elvis, Lucy De Barbon, recebeu uma rosa pelo correio. O cartão dizia que era de "El Lancelot", o apelido que ela usava para Elvis, que ninguém mais sabia.

- Motivo: ele tinha razões para forjar a morte. Estava com a vida em perigo. Perdera US$ 10 milhões numa transação com uma organização californiana chamada "Fraternidade", que tinha ligações com a Máfia. Há quem especule que ele teria revelado a ação do crime organizado, em troca de proteção, talvez na forma de uma nova vida e uma nova identidade. Aos 42 anos, sua carreira ameaça declinar. O cabelo estava embranquecendo, estava muito acima do peso e a voz enfraquecia. O que oferecia condições para um final abrupto.

- Meios: Elvis tinha os meios para fingir a própria morte. Acusaram-no de se destruir com remédios, mas ele entendia muito do assunto. Tomava muitos remédios, mas sabia o que estava fazendo. Sabia tomar remédios para criar um estado de morte aparente. Além disso, como perito em artes marciais, sabia reduzir sua pulsação cardíaca e sua respiração para fingir que estava morto.

- O coronel Tom Parker, o admininistrador dos negócios de Elvis, criou uma nova identidade para si, quando chegou aos Estados Unidos como um imigrante ilegal da Holanda. Virou outra pessoa, com passaporte, certidão de nascimento, carteira de motorista e de previdência social. Ele poderia fazer o mesmo com Elvis. Além disso, Elvis tinha ligações oficiais e usava documentos reais com o nome de John Burrows.

JOHN LENNON

Na noite de 8 de dezembro de 1980, quando voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, no edifício Dakota, em frente ao Central Park, John foi abordado por um rapaz que durante o dia havia lhe pedido um autógrafo em um LP Double Fantasy em frente ao Dakota. O rapaz era Mark David Chapman, um fã dos Beatles e de John, que acabou atirando em John Lennon com revólver calibre 38. A polícia chegou minutos depois e levou John na própria viatura para o hospital. O assassino permaneceu no local com um livro nas mãos, "O Apanhador no Campo de Centeio" de J.D. Salinger. John morreu após perder cerca de 80% de seu sangue, aos quarenta anos de idade. Logo após a notícia da morte de John Lennon, que correu o mundo, uma multidão se juntou em frente ao Dakota, com velas e cantando canções de John e dos Beatles. O corpo de John foi cremado no Cemitério de Ferncliff, em Hartsdale, cidade do estado de Nova Iorque, e suas cinzas foram guardadas por Yoko Ono.
O assassino foi preso, pois permaneceu no local, esperando os policiais chegarem. Ao entrar na viatura, pediu desculpas aos policiais pelo "transtorno que havia causado". Em seu julgamento alegou ter lido em "O apanhador no Campo de Centeio" uma mensagem que dizia para matar John Lennon. Acabou sendo condenado à prisão perpétua e até hoje é mantido numa cela separada de outros presos, devido às ameaças de morte que recebeu.
Após a morte de John, foi criado um memorial chamado Strawberry Fields Forever no Central Park, em frente ao Dakota. Alguns discos póstumos foram lançados, como Milk and Honey, com sobras de canções do disco Double Fantasy. Várias coletâneas e um disco chamado Accoustic foram lançados em 2005. Yoko Ono administra tudo o que se refere a John Lennon, suas canções em carreira solo, seus vídeos e filmes.
A última foto de John Lennon vivo, junto com seu assassino, foi tirada pelo fotógrafo Paul Goresh.

A gravação da música "Give Peace a Chance" em 1969 contra a Guerra do Vietnã marca a transformação de Lennon em um ativista anti-guerra. Foi o começo de um processo que culminou em 1972, quando a administração do presidente norte-americano Richard Nixon tentou deportá-lo dos Estados Unidos.
Quando John Lennon e Yoko Ono mudaram-se para Nova Iorque em agosto de 1971, eles se tornaram amigos de líderes anti-guerras como Jerry Rubin, Abbie Hoffman, e outros, e planejaram um concerto nacional para que coincidisse com a eleição presidencial de 1972. John Lennon tentaria convencer aos jovens a votar contra a guerra, ou seja, a votar contra Nixon.
O governo Nixon começou a investigar John Lennon com a finalidade de deportá-lo. O concerto nunca aconteceu, mas John passou, na época, boa parte de seu tempo tentando livrar-se da deportação.
Em 1971, John Lennon cantou no concerto Free John Sinclair em Ann Arbor. Sinclair era um ativista anti-guerra preso por dez anos por portar dois cigarros de maconha. John Lennon e Yoko Ono apareceram no concerto assim como Stevie Wonder e outros músicos, mais os ativistas radicais Jerry Rubin e Bobby Seale dos Panteras Negras.
Em 1972, John deu entrevista ao Mike Douglas Show, falando contra a Guerra do Vietnã. Nixon deixou a Casa Branca após o escândalo de Watergate. Em 1975, John Lennon conseguiu finamente seu Green Card. Após sua morte em 1980, o FBI admitiu tê-lo investigado.

Gérson

Gérson
Um dos maiores craques da história do futebol, teve uma breve passagem pelo São Paulo, de 1969 a 1972, mas nessa breve passagem ele recolocou o Tricolor no caminho das grandes vitórias e dos títulos.

Idolo do futebol do Rio de Janeiro vai para o São Paulo já maduro e desacreditado pelas torcidas adversárias. Reconhece essa história? Assim como Leônidas e Zizinho, Gérson contrariou as suspeitas iniciais e se tornou um dos maiores craques da história do Tricolor. No São Paulo, o "Canhotinha de Ouro" logo assumiu posição de comando, como sempre fez por todos os clubes por onde passou com sua categoria de sempre e sua liderança nata.
Com seus característicos lançamentos de 40 metros, foi o grande responsável pelos títulos dos Campeonatos Paulistas de 1970 e 1971, que tiraram o São Paulo de uma fila que já durava 13 anos. Eram tempos difíceis até então.
Temperamental, Gérson não hesitava em criticar os companheiros, se acreditasse que alguém não estava dando tudo de si. Seu estilo franco, sem papas na língua, lhe rendeu o apelido de "Papagaio" e gerou problemas de relacionamento com vários companheiros, o que foi um dos motivos que abreviou sua passagem pelo time. Nem por isso ficou fora da história.

900 mil cruzeiros o São Paulo pagou ao Botafogo para ter Gérson, o maestro da conquista que quebrou o jejum, em 1970.

93 partidas Gérson disputou com a camisa do São Paulo, numa passagem breve, mas ainda assim marcante com a camisa do clube.

2 títulos de campeão foram conquistados pelo tricolor do Morumbi, com a presença do tricampeão mundial Gérson na equipe.