40 Anos do Tri no México

No Mundial anterior, na Inglaterra, a campanha do Brasil foi um desastre, sendo eliminada ainda na primeira fase da competição. Porém agora a história seria diferente.
A seleção chegou ao México depois de uma participação avassaladora nas Eliminatórias: seis vitórias, 23 gols a favor e dois contra. O Brasil era favorito, tinha a melhor linha ofensiva do planeta. Se conquistasse o título, ficaria para sempre com a taça Jules Rimet.
Na primeira fase o Brasil venceu todos os jogos, 4x1 na Tchecoslováquia, 3x2 na Romênia, e a grande partida da 1ª fase, Inglaterra x Brasil. A atual campeão contra os Bi-campeões, uma final antecipada. No primeiro tempo 0x0. Destaque para um lance: Jairzinho cruza na lateral para Pelé, que cabeceia direto para o gol. Porém, o incrivel goleiro Banks faz uma defesa espetacular, uma das maiores defesas da história!
O forte calor castigou os jogadores, mas mostraram mais qualidade na segunda etapa. Com lance iniciado por Paulo Cezar, Jairzinho fura a "muralha" Banks e faz 1x0 pro Brasil. Placar que se manteve até o apito final.
Na segunda fase, duelo Sulamericano. O Peru que é a zebra das quartas-de-final enfrenta o Brasil, que é o favorito. O Brasil vence por 4 a 2, e enfretará o Uruguai na semi. Porém o grande jogo da semi-final não seria Brasil x Uruguai, mas sim, Alemanha x Itália. Mal começa o jogo e a Itália já parte pro ataque. Benisegna chuta da entrada da área e abre o placar a favor da Itália. No segundo tempo, Cera derruba Beckenbauer na entrada da área. O craque alemão desloca o ombro, eles pedem o pênalti, mas o juiz manda cobrar falta. Mesmo sob protesto, os alemães batem a falta, mas Held manda pra fora. Beckenbauer está com o braço machucado, mas continuará em campo. No finalzinho do jogo, Grabovski manda pra Schnellinger fazer o gol de empate da Alemanha. Assim iremos para a prorrogação. A decepção italiana é de quem perdeu o jogo. Os alemães comemoram a segunda prorrogação seguida. Já na prorrogação, Libuda cobra um escanteio. Polleti, da Itália, mata no peito, o alemão Muller vem por trás, toca na bola e a rola para o gol. 2x1. Riva recebe o cruzamento, passa pelo zagueiro alemão e faz o gol da virada italiana. 3x2. Segundo tempo da prorrogação. Ainda teremos mais 15 minutos de emoção. Seeler recebe o chute com um cabeceio para Muller fazer o gol de empate para a Alemanha. 3x3. Com esse resultado, a partida poderá ser decidida na moeda. Parece que a sorte alemã já acabou. No toque de Riva, Rivera faz o 4° gol italiano. Beckenbauer continua jogando com dores, braço contundido, uma tipóia e muito cansaço. Parece que todo o seu esforço não vai surtir efeito. No último minuto, Held tenta em ataque ‘desesperado’ para a Alemanha, mas o juiz apita. Itália 4, Alemanha 3.
O Brasil venceu o Uruguai por 3x1, destaque para um lance espetacular, que somente um gênio poderia nos proporcionar: Pelé avança em direção à área do Uruguai. Dribla com o corpo o goleiro Mazurkivicz, chuta, mas a bola vai pra fora. Um gol perdido muito muito lamentado, por sua impotancia, já que o jogo ainda estava 1 a 1 , e por sua beleza. Na final, o Brasil foi como favorito para ficar definitivamente com a taça Jules Rimet.

A seleção brasileira é: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino.
O time da Itália é: Albertosi, Burnigh, Cera, Rosato, Feccheti, De Sisti, Bertini, Domenghini, Boninsegna, riva e Mazzola.

Diante de mais de 107 mil pessoas no estádio Azteca, o árbitro alemão Rudy Glocknev inicia Brasil e Itália. Final! A Itália sai jogando. A única vez que a Itália jogou com o Brasil foi em 1938, 2x1 pra Azurra. Naquele ano eles foram os campeões. O ataque brasileiro vai pra cima da defesa italiana. Eles só tomaram 4 gols, 3 foram da Alemanha. Os dois goleiros teriam muito tarbalho neste jogo. Tostão cobra a lateral para Rivelino cruzar para Pelé fazer Gol para o Brasil!!! 1x0! Burnigh tira a bola de Pelé e a Itália inicia uma contra-ataque, Boninsegna encontra toda a defesa do Brasil aberta e faz o gol de empate da Itália. Pelé recebe na área e faz um belo gol para o Brasil. Porém o gol não valeu, pois o juiz havia apitado o fim do 1º tempo. 1x1.Tudo pronto para o segundo tempo de Brasil 1, Itália 1. Gérson chuta de fora da área e coloca o Brasil mais uma vez na frente. 2x1 para o Brasil! Gérson cobra a falta, lança pra Jairzinho e ele faz o terceiro gol brasileiro rumo a taça! Os italianos protestam um impedimento, mas o juiz valida o gol. Após muitos toques da seleção, Pelé manda pra Carlos Alberto confirmar a vitória brasileira. 4x1 pro Brasil! Certos de que vão ser os campeõs, os brasileiros se esquecem de que ainda tem mais 5 minutos de partida. O juiz não vê outra escolha: finaliza a partida e declara o Brasil como CAMPEÃO DA COPA DO MUNDO DE 1970. Parte de uma torcida enlouquecida invade o campo e cerca a seleção brasileira. Tostão e Pelé são despidos pro torcedores que querem lembranças deste dia histórico. Pela terceira vez, o Brasil levanta o mais valioso prêmio do futebol mundial: a taça Jules Rimet. Os jogadores dão a volta olimpica com a taça que será deles pra sempre. A melhor seleção de todos os tempos tenha sua grande consagração! Naquele 21 de junho de 1970, O Brasil conquista a taça, e faz a alegria de 90 milhões de brasileiros, que os guardariam eternamente em suas memórias.

Copa do Mundo: Grupo G — Brasil

Este ano a Copa tem grupos bem equilibrados. Os mais fortes são o Grupo E (Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões). E o Grupo G, do qual falarei agora.

Coreia do Norte – Pouco se sabe deles, é um time fraco, porém rápido e dão muita raça em suas partidas. Sua estrela é o meia-atacante de 28 anos Hong Yong-Jo. Disputaram apenas uma Copa, o Mundial de 1966 na Inglaterra, onde foram a grande zebra. Eliminaram a favoritíssima Itália e nas quartas-de-final derão um grande susto em Portugal, abriram 3 a 0 no placar, mas os portugueses viram para 5 x 3, sendo 4 gols de Eusébio. Esse ano não esperamos outra zebra como essa, os adversários devem passar sem maiores problemas pelos norte-coreanos.

Costa do Marfim – Tem um time rápido e forte e prometem a melhor campanha africana no Mundial, mas começam com uma baixa. Sua estrela Didier Drogba não deve disputar o primeiro jogo contra a forte seleção de Portugal. Mas sendo a melhor seleção africana no torneio, então além de Drogba, também contam com outros bons jogadores, como Kalou, Touré, Gervinho e outros que podem supreender. Só disputaram a Copa de 2006, sendo eliminados ainda na primeira fase.

Portugal – Também começam com uma baixa. Nani que vinha sendo o melhor jogador da seleção, foi cortado do Mundial, por motivo de cuntusão. O "Brasil B", como chamou Dunga, traz três brasileiros naturalizados, Liédson, Pepe e Deco. Não é a primeira vez que buscam reforços no além-mar, seu maior craque da história, o atacante Eusébio, era moçambicano. Vão para sua quarta Copa do Mundo, sendo sua melhor colocação um 3° lugar, em 1966, justamente com o time de Eusébio. E para fazerem uma boa campanha este ano, apostam na sua estrela Cristiano Ronaldo. Potugal tem um bom time, não gostaria de enfretá-los sem estar com uma das vagas garantidas.

Brasil – Única seleção campeã longe de seu continente, duas vezes, em 1958 na Suécia e em 2002 na Copa da Coreia do Sul e Japão .Como sempre, vão para África como um dos favoritos para ergeuer a taça. A torcida não está muito confiante e não gostaram nem um pouco da convocação do nosso técnico. Mas todos torneios que disputamos no comando de Dunga, saímos campeões. Então temos que dar um pouco de confiança para essa equipe. Temos um goleiro espetacular, uma excelente zaga e um bom ataque, porém o meio-campo está fraco, tendo apenas Kaká como meia de criação, e mesmo não estando em sua melhor fase, é nele em que estão depositadas as maiores espectativas.

O Brasil é o favorito para ficar com a primeira colocação, e o segundo lugar seria decidido entre Portugal e Costa do Marfim. Mas já aconteceram muitas surpresas ao longos das Copas, assim nada está garantido.

O primeiro lugar enfrenta nas oitavas-de-final o segundo do Grupo H, que deve ser Suiça ou Chile. O segundo lugar enfrenta o primeiro do mesmo Grupo H, que provavelmente será a fortíssima Espanha.

Copa do Mundo 2002

O Fenômeno renasce

Depois da convulsão na final de 98, Ronaldo derruba murralha alemã e traz o penta

Japonese e sul-coreanos deram um show de tecnologia e organização na primeira Copa realiza fora do eixo Europa-América.
Brasil, Espanha, Dinamarca, Alemanha e México começaram melhor: Até mesmo Japão e Coreia terminaram a primeira fase no topo de seus grupos.
Na fase mata-mata, os jogos da Coreia entrariam para a história como os mais "roubados" dos Mundiais.
O Brasil também teve uma mão da arbitragem (contra Turquia e Bélgica). Mas a fantasia de Ronaldinho Gaúcho, a objetividade de Ronaldo e a visão de jogo de Rivaldo faziam a diferença.
Logo de cara, duas decepções. Argentina e França, campeão de 98, caíram já na primeira fase (os franceses não marcaram um gol se quer). O Japão foi eliminado nas oitavas de final.
A Itália também caiu nas oitavas, vítima do apito pró-coreanos (teve gol legítimo anulado na prorrogação).
No jogo seguinte, escândalo maior impediu que a Espanha batesse a Coreia.
Enquanto isso, brasileiros e alemães seguiam firmes e fortes. A "Família Scolari" venceu Turquia, China e Costa Rica, na primeira fase. E supeoru belgas, ingleses e novamente turcos para chegar à grande final.
A Alemanha do goleirão Oliver Kahn derrotou o Paraguai de Gamarra, os Estados Unidos e a Coreia (desta vez, o apito amigo falhou).
Pela primeira vez na história das Copas, Brasil e Alemanha se enfrentariam. E logo numa final — da qual eram recordistas, com seis finais cada um (em 2006, a Itália igualou esse número).
No duelo entre Ronaldo e Kahn (que só tinha tomado um gol), o Brasil riu por último. O Fenômeno marcou dois e trouxe o penta.

CAMPANHA
Primeira fase
Brasil 2 x 1 Turquia
Brasil 4 x 0 China
Brasil 5 x 2 Costa Rica

Oitavas-de-final
Brasil 2 x 0 Bélgica

Quartas-de-final
Brasil 2 x 1 Inglaterra

Semifinais
Brasil 1 x 0 Turquia

Final
Brasil 2 x 0 Alemanha


CURIOSIDADES
*O turco Hakan Sukur marcou o gol mais rápido da história das Copas. Em 11 segundos, ele balançou as redes da Coreia do Sul na disputa pelo terceiro lugar. O jogo terminou 3 x 2 para a Turquia.

*A audiência cumulada durante os jogos da Copa foi de 28,8 bilhões de telespectadores, espalhados por 196 países.

*A Itália teve nada menos que cinco gols anulados. O último contra a Coreia do Sul, aconteceu na prorrogação e colocaria os italianos nas quartas de final.


ARTILHEIRO
8 gols
Ronaldo
(Brasil)
em 7 jogos



O MELHOR
RONALDO (BRASIL)
Depois de lutar contra graves problemas no joelho e do assustador episódio de sua convulsão poucas horas antes da final de 98, quando fomos aniquilados pela França, Ronaldo deu a volta por cima. Em grande estilo, trouxe o penta e emocionou o mundo.


ELENCO CANARINHO

Nº	JOGADOR	CLUBE
1	Marcos	Palmeiras
2	Cafu	Roma-ITA (Capitão)
3	Lucio	Bayer Lverkusen-ALE
4	Roque Júnior	Milan-ITA
5	Edmilson	Lyon-FRA
6	Roberto Carlos	Real Madrid-ESP
7	Ricardinho	Corinthians
8	Gilberto Silva	Atlético-MG
9	Ronaldo	Inter-ITA
10	Rivaldo	Barcelona-ESP
11	Ronaldinho Gaúcho	Paris St. Germain-FRA
12	Dida	Corinthians
13	Belletti	São Paulo
14	Anderson Polga	Grêmio
15	Kléberson	Atlético-PR
16	Júnior	Parma-ITA
17	Denilson	Betis-ESP
18	Vampeta	Corinthians
19	Juninho Paulista	Flamengo
20	Edilson	Cruzeiro
21	Luizão	Grêmio
22	Rogério Ceni	São Paulo
23	Kaká	São Paulo

Técnico: Luiz Felipe Scolari

Copa do Mundo 1994

É tetra! É tetra! É treta!

Com os milagres de Taffarel e os gols de Romário, o Brasil voltou a vencer

De pois de ser "campeão moral" invicto em 78, quando foi tirado da copa pela Argentina no saldo de gols(ficamos em 3°), e depois de encantar o mundo com o timaço de Telê em 82 (5° lugar), o Brasil finalmente voltava a erguer a taça.
Apesar de ter sido realizada nos Estados Unidos, onde futebol não é nem o terceiro esporte mais popular, a Copa registrou um público recorde (3 587 538 pagantes). O outro candidato a sediar a competição era o Marrocos, considerado despreparado pela FIFA.
Agora as vitórias valiam três pontos, e o Brasil acumulou sete na primeira fase (terminou em 1° no grupo). Amparados por um zaga eficiente, encabeçada pelo inspirado goleiro Taffarel, Romário e Bebeto desequilibravam lá na frente.
Como no México 70, os jogos aonteceram entre 11h30 e 13h, no auge do verão americano, para atender as TV europeias. Alemanha x Coreia do Sul, em Dallas, foi jogado sob uma temperatura de 46°C.
Algumas surpresas encantaram o público — mais até do que as truncadas exibições brasileiras.
A Búlgaria do artilheiro Stoichkov encantou com seu toque de bola. Hagi e Dumitrescu deixaram a Argentina, vice-campeão anterior, pelo caminho. A Nigéria, com velocidade e força física, também assustou.
Mas no fim a tradição pesou. O Brasil passou apertado por Estados Unidos, Holanda e Suécia. A Itália suou para derrotar Nigéria, Espanha e Búlgaria.
Na final, Brasil x Itália decidiram quem seria o primeiro tetracampeão mundial.

CAMPANHA
Primeira fase
Brasil 2 x 0 Rússia
Brasil 3 x 0 Camarões
Brasil 1 x 1 Suécia

Oitavas-de-final
Brasil 1 x 0 EUA

Quartas-de-final
Brasil 3 x 2 Holanda

Semifinais
Brasil 1 x 0 Suécia

Final
Brasil (3) 0 x 0 (2) Itália


CURIOSIDADES
*Zagallo se tornou o único a vencer quatro copas. Duas como jogador (1958 e 1962), uma como técnico (1970) e outra como cordenador-técnico (1994).

*Os camaroneses Roger Milla (que entrou no segundo tempo) e Robert Song enfrentaram o Brasil na segunda rodada. O detalhe é que a diferença de idade entre um e outro era de 24 anos e 42 dias.

*O russo Oleg Salenko fez cinco gols na vitória por 6 x 1 sobre Camarões e se tornou o recordista de gols numa única partida.

*Dos 22 jogadores da Búlgaria, apenas seis tinham nome que não terminava em "OV". Eram eles: Kremenliev, Houbchev, Genchev, Iliev, Georgiev e Mikhtarski.


ARTILHEIRO
6 gols
Salenko (Rússia), em 3 jogos, e Stoichkov (Búlgaria), em 7 jogos.



O MELHOR
ROMÁRIO (BRASIL)
Ele marcou em 5 dos 7 jogos. O que fez diante da Holanda, pegando de primeira após cruzamento de Bebeto, é inesquecível. Foi eleito o craque da Copa e, no fim do ano, faturou o troféu de melhor do mundo.


ELENCO CANARINHO

Nº	JOGADOR	CLUBE
1	Taffarel	Reggiana-ITA
2	Jorginho	Bayern Munique-ALE
3	Ricardo Rocha	Vasco
4	Ronaldão	Shimizu-JAP
5	Mauro Silva	La Coruña-ESP
6	Branco	Fluminense
7	Bebeto	La Coruña-ESP
8	Dunga	Stuttgart-ALE (Capitão)
9	Zinho	Palmeiras
10	Raí	Paris St. Germain-FRA
11	Romário	Barcelona-ESP
12	Zetti	São Paulo
13	Aldair	Roma-ITA
14	Cafu	São Paulo
15	Márcio Santos	Bordeaux-FRA
16	Leonardo	São Paulo
17	Mazinho	Palmeiras
18	Paulo Sérgio	Bayer Leverkusen-ALE
19	Müller	São Paulo
20	Ronaldo	Cruzeiro
21	Viola	Corinthians
22	Gilmar Rinaldi	Flamengo

Técnico: Carlos Alberto Parreira

Copa do Mundo 1970

Enfim, a Copa do Rei

Pelé comandou a melhor seleção de todos os tempos e trouxe o tri

Félix, Carlos Alberto, Brito, Piaza e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Pelé, Tostão, Jairzinho e Rivelino.
A seleção de 70 ficou na memória de muitos brasileiros — éramos 90 milhões naquela época. Tínhamos a melhor linha ofensivado planeta — apesar de alguns deles jogarem improvisados — e uma defesa que nos pregou muitos sustos, mas deu conta do recado.
O Brasil chegou ao México depois de uma participação avassaladora nas Eliminatórias : seis vitórias, 23 gols a favor e dois contra.
Ms o ambiente azedou. O técnico João Saldanha zombou de um suposto pedido do presidente, o general Médici, pela convocação do atacante atleticano Dario (o mais irreverente que craque Dadá Maravilha).
"O presidente escala ministério, a seleção escalo eu", disse Saldanha. Desentedimentos com a comissão técnica e maus resultados em amistosos acabaram acabaram por fritá-lo. A CBD ( hoje CBF) demitiu Saldanha e pôs Zagallo em seu lugar.
Se Saldanha achava que Pelé era míope, Zagallo dizia que o Rei e Tostão (que se recuperava de cirurgia no olho) não podiam jogar no mesmo time. E Rivelino deveria ir para o banco.
A torcida chiou. Em pesquisa realizada pela revista Placar, 77% dos entrevistados pediam Rivelino no time, 84% queriam Tostão e 73% exigiam Pelé.
Depois de novos amistosos ruins, Zagallo escalou o "time do povo" no jogo de despedida, contra a Áustria. O Brasil venceu. Em campo, os 11 que conquistariam o mundo um mês depois.


CAMPANHA
Primeira fase
Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia
Brasil 1 x 0 Inglaterra
Brasil 3 x 2 Romênia

Quartas-de-final
Brasil 4 x 2 Peru

Semifinais
Brasil 3 x 1 Uruguai

Final
Brasil 4 x 1 Itália



CURIOSIDADES
*O momento em que Carlos Alberto levantou a taça foi visto por 700 milhões de pessoas nos televisores do mundo. Um ano antes, a mesma audiência foi registrada quando o homem pisou pela pimeira vez na Lua. Era a primeira Copa transmitida em cores.
*Não faltaram ponta-pés, soladas e cotoveladas, mas nenhum juiz mostrou o cartão vermelho – uma novidade implantada nesta Copa. Em 66 e 74 foram cinco expulsões.

*Foi também a primeira Copa do Mundo que permitiu a substituição de jogadores durante as partidas. O limite era de duas trocas por equipe.


ARTILHEIRO:
10 gols Müller (Alemanha) em 6 jogos.






O MELHOR
PELÉ (BRASIL)
Em 58, Pelé era um jovem coadjuvante (luxuosíssimo, é verdade) do escrete liderado por Didi; em 62, machucou-se logo no segundo jogo; em 66, foi caçado em campo e viu o potuguês Eusébio brilhar. Em sua quarta e última Copa, ele não foi o superartilheiro que costumava ser. Mas foi o melhor entre os melhores.


ELENCO CANARINHO

Nº	JOGADOR	CLUBE
1	Félix	Fluminense
2	Brito	Flamengo
3	Piazza	Cruzeiro
4	Carlos Alberto	Santos (Capitão)
5	Clodoaldo	Santos
6	Marco Antônio	Fluminense
7	Jairzinho	Botafogo
8	Gerson	São Paulo
9	Tostão	Cruzeiro
10	Pelé	Santos
11	Rivelino	Corinthians
12	Ado	Corinthians
13	Roberto Miranda	Botafogo
14	Baldocchi	Palmeiras
15	Fontana	Cruzeiro
16	Everaldo	Grêmio
17	Joel Camargo	Santos
18	Paulo César Caju	Botafogo
19	Edu	Santos
20	Dário	Atlético-MG
21	Zé Maria	Portuguesa
22	Leão	Palmeiras

Técnico: Zagallo

Copa do Mundo 1962

Brasil Entra no Clube dos Bicampeões

Pelé se machucou no 2° jogo e Garrincha entortou o mundo

O Chile superou dois terremotos e a concorrência de países mais ricos (Alemanha, Espanha e Argentina) para sediar a Copa.

França e Suécia rodaram nas Eliminatórias. Durante a Copa, outras forças caíram cedo: o bicampeão Uruguai de Pedro Rocha, a Espanha do húngaro agora naturalizado espanhol Puskas, a Itália de Maldini e a Argentina de Ramos Delgado.
Os olhares se voltaram então para a Iugoslávia, Alemanha, Tchecoslováquia, Chile e, principalmente, Brasil.
A delegação que desembarcou no Chile era incrivelmente parecida com a que venceu na Suécia.
O técnico Vicente Feola só foi trocado por Aymoré Moreira por causa de sua saúde. O time só duas alterações: Bellini e Orlando foram para o banco, substituídos por Mauro e Zózimo — que já eram seus reservas na Copa anterior.
A terceira e inesperada alteração aconteceu no terceiro jogo. Pelé sentiu uma distenção muscular — ficaria fora de todo o mundial. Em seu lugar entrou o nervoso Amarildo. A torcida gelou. E o Brasil só não eliminado pela Espanha graças ao juiz (chileno) e ao própio Amarildo. Nos 20 minutos finais, ele virou o placar. A nação respirou aliviada.
Na fase de mata-mata, Garrincha, que andava apagado, arrebentou. Azar de ingleses, chilenos e tchecos. O Brasil erguia a Jules Rimet pela segunda vez, entrava para o seleto clube de bicampeões mundiais e enterrava de vez o trauma do Maracanã.

CAMPANHA
Primeira Fase
Brasil 2 x 0 México
Brasil 0 x 0 Tchecoslováquia
Brasil 2 x 1 Espanha

Quartas de final
Brasil 3 x 1 Inglaterra

Semifinais
Brasil 4 x 2 Chile

Final
Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia

CURIOSIDADES
*Nilton Santos protagonizou um dos lances mais famosos das Copas. O brasileiro cometeu pênalti no espanhol Collar, mas deu um passo para fora da área e enganou o árbitro chileno Sergio Bustamante. Na cobraça da falta, Puskas marcou de bicicleta, e o juiz misteriosamente anulou.

*Se, em 58, "vira-lata" era apenas o nome de nosso complexo de inferioridade, aqui ele era de carne e osso. E não um, mas dois deles entraram no gramado no meio do jogo Brasil x Inglaterra. O primeiro deu olé em Garrincha e fez xixi no colo do jogador inglês que ficou de quatro para capturá-lo. O segundo deu um rolê na lateral e foi embora tranquilo.

*O Brasil de 62 foi o campeão que usou menos jogadores do primeiro ao último jogo de uma Copa: apenas 12. A única substituição foi a entrada de Amarildo no lugar do lesionado Pelé.

ARTILHEIRO:
5 gols – Drazen Jerkovic (Iugoslávia). Em 1993, a FIFA "devolveu" a Jerkovic um gol creditado durante 31 anos a seu colega Milan Galic.

O MELHOR

GARRINCHA (BRASIL)
Na primeira fase, ele não brilhou. Teve lampejos de gênio no terciro jogo, contra a Espanha (já sem a companhia de Pelé, machucado). Das quartas de final em diante, chamou a responsabilidade. Marcou gols de tudo quanto é jeito e não abandonou os dribles humilhantes nos "joões" adversários. Até uma provável suspensão no último jogo ele driblou.

ELENCO CANARINHO

Nº	JOGADOR	CLUBE
1	Gilmar	Santos
2	Djalma Santos	Palmeiras
3	Mauro	Santos (Capitão)
4	Zito	Santos
5	Zózimo	Bangu
6	Nilton Santos	Botafogo
7	Garrincha	Botafogo
8	Didi	Botafogo
9	Coutinho	Santos
10	Pelé	Santos
11	Pepe	Santos
12	Jair Marinho	Fluminense
13	Bellini	São Paulo
14	Jurandir	São Paulo
15	Altair	Fluminense
16	Zequinha	Palmeiras
17	Mengálvio	Santos
18	Jair da Costa	Portuguesa
19	Vavá	Palmeiras
20	Amarildo	Botafogo
21	Zagallo	Botafogo
22	Castilho	Fluminense

Técnico: Aymoré Moreira