É tetra! É tetra! É treta!
Com os milagres de Taffarel e os gols de Romário, o Brasil voltou a vencer
De pois de ser "campeão moral" invicto em 78, quando foi tirado da copa pela Argentina no saldo de gols(ficamos em 3°), e depois de encantar o mundo com o timaço de Telê em 82 (5° lugar), o Brasil finalmente voltava a erguer a taça.
Apesar de ter sido realizada nos Estados Unidos, onde futebol não é nem o terceiro esporte mais popular, a Copa registrou um público recorde (3 587 538 pagantes). O outro candidato a sediar a competição era o Marrocos, considerado despreparado pela FIFA.
Agora as vitórias valiam três pontos, e o Brasil acumulou sete na primeira fase (terminou em 1° no grupo). Amparados por um zaga eficiente, encabeçada pelo inspirado goleiro Taffarel, Romário e Bebeto desequilibravam lá na frente.
Como no México 70, os jogos aonteceram entre 11h30 e 13h, no auge do verão americano, para atender as TV europeias. Alemanha x Coreia do Sul, em Dallas, foi jogado sob uma temperatura de 46°C.
Algumas surpresas encantaram o público — mais até do que as truncadas exibições brasileiras.
A Búlgaria do artilheiro Stoichkov encantou com seu toque de bola. Hagi e Dumitrescu deixaram a Argentina, vice-campeão anterior, pelo caminho. A Nigéria, com velocidade e força física, também assustou.
Mas no fim a tradição pesou. O Brasil passou apertado por Estados Unidos, Holanda e Suécia. A Itália suou para derrotar Nigéria, Espanha e Búlgaria.
Na final, Brasil x Itália decidiram quem seria o primeiro tetracampeão mundial.
CAMPANHA
Primeira fase
Brasil 2 x 0 Rússia
Brasil 3 x 0 Camarões
Brasil 1 x 1 Suécia
Oitavas-de-final
Brasil 1 x 0 EUA
Quartas-de-final
Brasil 3 x 2 Holanda
Semifinais
Brasil 1 x 0 Suécia
Final
Brasil (3) 0 x 0 (2) Itália
CURIOSIDADES
*Zagallo se tornou o único a vencer quatro copas. Duas como jogador (1958 e 1962), uma como técnico (1970) e outra como cordenador-técnico (1994).
*Os camaroneses Roger Milla (que entrou no segundo tempo) e Robert Song enfrentaram o Brasil na segunda rodada. O detalhe é que a diferença de idade entre um e outro era de 24 anos e 42 dias.
*O russo Oleg Salenko fez cinco gols na vitória por 6 x 1 sobre Camarões e se tornou o recordista de gols numa única partida.
*Dos 22 jogadores da Búlgaria, apenas seis tinham nome que não terminava em "OV". Eram eles: Kremenliev, Houbchev, Genchev, Iliev, Georgiev e Mikhtarski.
ARTILHEIRO
6 gols
Salenko (Rússia), em 3 jogos, e Stoichkov (Búlgaria), em 7 jogos.
O MELHOR
ROMÁRIO (BRASIL)
Ele marcou em 5 dos 7 jogos. O que fez diante da Holanda, pegando de primeira após cruzamento de Bebeto, é inesquecível. Foi eleito o craque da Copa e, no fim do ano, faturou o troféu de melhor do mundo.
ELENCO CANARINHO
Nº | JOGADOR | CLUBE |
1 | Taffarel | Reggiana-ITA |
2 | Jorginho | Bayern Munique-ALE |
3 | Ricardo Rocha | Vasco |
4 | Ronaldão | Shimizu-JAP |
5 | Mauro Silva | La Coruña-ESP |
6 | Branco | Fluminense |
7 | Bebeto | La Coruña-ESP |
8 | Dunga | Stuttgart-ALE (Capitão) |
9 | Zinho | Palmeiras |
10 | Raí | Paris St. Germain-FRA |
11 | Romário | Barcelona-ESP |
12 | Zetti | São Paulo |
13 | Aldair | Roma-ITA |
14 | Cafu | São Paulo |
15 | Márcio Santos | Bordeaux-FRA |
16 | Leonardo | São Paulo |
17 | Mazinho | Palmeiras |
18 | Paulo Sérgio | Bayer Leverkusen-ALE |
19 | Müller | São Paulo |
20 | Ronaldo | Cruzeiro |
21 | Viola | Corinthians |
22 | Gilmar Rinaldi | Flamengo |
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Galvão gritando "é tetra" é clássico.
ResponderExcluirCom certeza, Allejo! (Ó, Grande mestre! Jogou mais que Pelé! rsrs)
ResponderExcluirDepois do pênalti perdido pelo Baggio, o Galvão gritando "é treta" é o momento mais lembrado desta Copa.