Brasil Entra no Clube dos Bicampeões
Pelé se machucou no 2° jogo e Garrincha entortou o mundo
O Chile superou dois terremotos e a concorrência de países mais ricos (Alemanha, Espanha e Argentina) para sediar a Copa.
França e Suécia rodaram nas Eliminatórias. Durante a Copa, outras forças caíram cedo: o bicampeão Uruguai de Pedro Rocha, a Espanha do húngaro agora naturalizado espanhol Puskas, a Itália de Maldini e a Argentina de Ramos Delgado.Os olhares se voltaram então para a Iugoslávia, Alemanha, Tchecoslováquia, Chile e, principalmente, Brasil.
A delegação que desembarcou no Chile era incrivelmente parecida com a que venceu na Suécia.
O técnico Vicente Feola só foi trocado por Aymoré Moreira por causa de sua saúde. O time só duas alterações: Bellini e Orlando foram para o banco, substituídos por Mauro e Zózimo — que já eram seus reservas na Copa anterior.
A terceira e inesperada alteração aconteceu no terceiro jogo. Pelé sentiu uma distenção muscular — ficaria fora de todo o mundial. Em seu lugar entrou o nervoso Amarildo. A torcida gelou. E o Brasil só não eliminado pela Espanha graças ao juiz (chileno) e ao própio Amarildo. Nos 20 minutos finais, ele virou o placar. A nação respirou aliviada.
Na fase de mata-mata, Garrincha, que andava apagado, arrebentou. Azar de ingleses, chilenos e tchecos. O Brasil erguia a Jules Rimet pela segunda vez, entrava para o seleto clube de bicampeões mundiais e enterrava de vez o trauma do Maracanã.
CAMPANHA
Primeira Fase
Brasil 2 x 0 México
Brasil 0 x 0 Tchecoslováquia
Brasil 2 x 1 Espanha
Quartas de final
Brasil 3 x 1 Inglaterra
Semifinais
Brasil 4 x 2 Chile
Final
Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia
CURIOSIDADES
*Nilton Santos protagonizou um dos lances mais famosos das Copas. O brasileiro cometeu pênalti no espanhol Collar, mas deu um passo para fora da área e enganou o árbitro chileno Sergio Bustamante. Na cobraça da falta, Puskas marcou de bicicleta, e o juiz misteriosamente anulou.
*Se, em 58, "vira-lata" era apenas o nome de nosso complexo de inferioridade, aqui ele era de carne e osso. E não um, mas dois deles entraram no gramado no meio do jogo Brasil x Inglaterra. O primeiro deu olé em Garrincha e fez xixi no colo do jogador inglês que ficou de quatro para capturá-lo. O segundo deu um rolê na lateral e foi embora tranquilo.
*O Brasil de 62 foi o campeão que usou menos jogadores do primeiro ao último jogo de uma Copa: apenas 12. A única substituição foi a entrada de Amarildo no lugar do lesionado Pelé.
*Nilton Santos protagonizou um dos lances mais famosos das Copas. O brasileiro cometeu pênalti no espanhol Collar, mas deu um passo para fora da área e enganou o árbitro chileno Sergio Bustamante. Na cobraça da falta, Puskas marcou de bicicleta, e o juiz misteriosamente anulou.
*Se, em 58, "vira-lata" era apenas o nome de nosso complexo de inferioridade, aqui ele era de carne e osso. E não um, mas dois deles entraram no gramado no meio do jogo Brasil x Inglaterra. O primeiro deu olé em Garrincha e fez xixi no colo do jogador inglês que ficou de quatro para capturá-lo. O segundo deu um rolê na lateral e foi embora tranquilo.
*O Brasil de 62 foi o campeão que usou menos jogadores do primeiro ao último jogo de uma Copa: apenas 12. A única substituição foi a entrada de Amarildo no lugar do lesionado Pelé.
ARTILHEIRO:
5 gols – Drazen Jerkovic (Iugoslávia). Em 1993, a FIFA "devolveu" a Jerkovic um gol creditado durante 31 anos a seu colega Milan Galic.
5 gols – Drazen Jerkovic (Iugoslávia). Em 1993, a FIFA "devolveu" a Jerkovic um gol creditado durante 31 anos a seu colega Milan Galic.
GARRINCHA (BRASIL)
Na primeira fase, ele não brilhou. Teve lampejos de gênio no terciro jogo, contra a Espanha (já sem a companhia de Pelé, machucado). Das quartas de final em diante, chamou a responsabilidade. Marcou gols de tudo quanto é jeito e não abandonou os dribles humilhantes nos "joões" adversários. Até uma provável suspensão no último jogo ele driblou.
Na primeira fase, ele não brilhou. Teve lampejos de gênio no terciro jogo, contra a Espanha (já sem a companhia de Pelé, machucado). Das quartas de final em diante, chamou a responsabilidade. Marcou gols de tudo quanto é jeito e não abandonou os dribles humilhantes nos "joões" adversários. Até uma provável suspensão no último jogo ele driblou.
ELENCO CANARINHO
Técnico: Aymoré Moreira
Nº | JOGADOR | CLUBE |
1 | Gilmar | Santos |
2 | Djalma Santos | Palmeiras |
3 | Mauro | Santos (Capitão) |
4 | Zito | Santos |
5 | Zózimo | Bangu |
6 | Nilton Santos | Botafogo |
7 | Garrincha | Botafogo |
8 | Didi | Botafogo |
9 | Coutinho | Santos |
10 | Pelé | Santos |
11 | Pepe | Santos |
12 | Jair Marinho | Fluminense |
13 | Bellini | São Paulo |
14 | Jurandir | São Paulo |
15 | Altair | Fluminense |
16 | Zequinha | Palmeiras |
17 | Mengálvio | Santos |
18 | Jair da Costa | Portuguesa |
19 | Vavá | Palmeiras |
20 | Amarildo | Botafogo |
21 | Zagallo | Botafogo |
22 | Castilho | Fluminense |
Técnico: Aymoré Moreira
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