Enfim, a Copa do Rei
Pelé comandou a melhor seleção de todos os tempos e trouxe o tri
Félix, Carlos Alberto, Brito, Piaza e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Pelé, Tostão, Jairzinho e Rivelino.
A seleção de 70 ficou na memória de muitos brasileiros — éramos 90 milhões naquela época. Tínhamos a melhor linha ofensivado planeta — apesar de alguns deles jogarem improvisados — e uma defesa que nos pregou muitos sustos, mas deu conta do recado.
O Brasil chegou ao México depois de uma participação avassaladora nas Eliminatórias : seis vitórias, 23 gols a favor e dois contra.
Ms o ambiente azedou. O técnico João Saldanha zombou de um suposto pedido do presidente, o general Médici, pela convocação do atacante atleticano Dario (o mais irreverente que craque Dadá Maravilha).
"O presidente escala ministério, a seleção escalo eu", disse Saldanha. Desentedimentos com a comissão técnica e maus resultados em amistosos acabaram acabaram por fritá-lo. A CBD ( hoje CBF) demitiu Saldanha e pôs Zagallo em seu lugar.
Se Saldanha achava que Pelé era míope, Zagallo dizia que o Rei e Tostão (que se recuperava de cirurgia no olho) não podiam jogar no mesmo time. E Rivelino deveria ir para o banco.
A torcida chiou. Em pesquisa realizada pela revista Placar, 77% dos entrevistados pediam Rivelino no time, 84% queriam Tostão e 73% exigiam Pelé.
Depois de novos amistosos ruins, Zagallo escalou o "time do povo" no jogo de despedida, contra a Áustria. O Brasil venceu. Em campo, os 11 que conquistariam o mundo um mês depois.
CAMPANHA
Primeira fase
Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia
Brasil 1 x 0 Inglaterra
Brasil 3 x 2 Romênia
Quartas-de-final
Brasil 4 x 2 Peru
Semifinais
Brasil 3 x 1 Uruguai
Final
Brasil 4 x 1 Itália
CURIOSIDADES
*O momento em que Carlos Alberto levantou a taça foi visto por 700 milhões de pessoas nos televisores do mundo. Um ano antes, a mesma audiência foi registrada quando o homem pisou pela pimeira vez na Lua. Era a primeira Copa transmitida em cores.
*Não faltaram ponta-pés, soladas e cotoveladas, mas nenhum juiz mostrou o cartão vermelho – uma novidade implantada nesta Copa. Em 66 e 74 foram cinco expulsões.
*Foi também a primeira Copa do Mundo que permitiu a substituição de jogadores durante as partidas. O limite era de duas trocas por equipe.
ARTILHEIRO:
10 gols Müller (Alemanha) em 6 jogos.
O MELHOR
PELÉ (BRASIL)
Em 58, Pelé era um jovem coadjuvante (luxuosíssimo, é verdade) do escrete liderado por Didi; em 62, machucou-se logo no segundo jogo; em 66, foi caçado em campo e viu o potuguês Eusébio brilhar. Em sua quarta e última Copa, ele não foi o superartilheiro que costumava ser. Mas foi o melhor entre os melhores.
ELENCO CANARINHO
Nº | JOGADOR | CLUBE |
1 | Félix | Fluminense |
2 | Brito | Flamengo |
3 | Piazza | Cruzeiro |
4 | Carlos Alberto | Santos (Capitão) |
5 | Clodoaldo | Santos |
6 | Marco Antônio | Fluminense |
7 | Jairzinho | Botafogo |
8 | Gerson | São Paulo |
9 | Tostão | Cruzeiro |
10 | Pelé | Santos |
11 | Rivelino | Corinthians |
12 | Ado | Corinthians |
13 | Roberto Miranda | Botafogo |
14 | Baldocchi | Palmeiras |
15 | Fontana | Cruzeiro |
16 | Everaldo | Grêmio |
17 | Joel Camargo | Santos |
18 | Paulo César Caju | Botafogo |
19 | Edu | Santos |
20 | Dário | Atlético-MG |
21 | Zé Maria | Portuguesa |
22 | Leão | Palmeiras |
Técnico: Zagallo
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